quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 | By: Alexander Schio

A Fita Branca

Titulo: A Fita Branca (Dass Weisse Band)

Gênero: Crime, Drama e Mistério
Duração: 144 min.
Ano de Lançamento: 2010
Direção: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Distribuidora: Imovision

Sinopse: Um vilarejo protestante no norte da Alemanha, em 1913, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. A história de crianças e adolescentes de um coral dirigido pelo professor primário do vilarejo e suas famílias: o barão, o reitor, o pastor, o médico, a parteira, os camponeses. Estranhos acidentes começam a acontecer e tomam aos poucos o caráter de um ritual punitivo. O que se esconde por trás desses acontecimentos?

O filme retrata o cotidiano de uma pequena aldeia alemã as vésperas do começo da primeira guerra, fazendo um panorama daquela sociedade, que era extremamente reprimida e que está quase sempre a beira da desgraça causada pela inveja, ódio e preconceito.
"A Fita Branca" é uma reflexão sobre a educação severa que os adultos daquele vilarejo impõem sobre as crianças.
Castigos e surras como forma de punição para a menor das travessuras. É a formação de uma distopia social que, segundo Haneke em suas entrevistas, leva ao fascismo (e não ao nazismo, como muitos têm mal interpretado). Isto é, no autoritarismo com que os pais tratam seus filhos no vilarejo, difunde-se entre as crianças um vilipêndio por tudo aquilo que não é "certo". E crianças, sabemos, têm uma visão muito peculiar do mundo. Estão em formação intelectual e moral.


E com um terreno extremamente fértil em suas cabeças, a semente ali plantada florescerá rápida e ferozmente.
Essas reflexões começam a ocorrer a partir de um estranho acidente sofrido pelo médico da cidade, em seguida fatos estranhos como morte de pessoas, castigos e humilhações começam a ocorrer com certa freqüência, quase sempre encobertos pelos próprios cidadãos.
A Fita Branca faz um paralelo entre esses acontecimentos com os anos sanguinários e facistas que a Alemanha passaria e toda incerteza momentânea deixa rastros de como a tragédia pode terminar.
A produção, às vezes, parece cair na monotonia e quem prefere algo mais agitado, pode se decepcionar um pouco.
Venceu em maio do ano passado a Palma de Ouro no Festival de Cannes e é o favorito para ficar com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.


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